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Chamados para servir
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Khumalo, com milhares de jovens ao fundo, compartilhou sua história e experiências a respeito do cuidado e amor de Deus (Foto: Ellen Lopes)

Enquanto crescem em meio aos sonhos e aspirações quanto ao futuro, homens e mulheres buscam um propósito de vida que lhes preencha o coração e os mova ao longo de sua história. Ainda criança, Busi Khumalo decidiu que se tornaria um pastor. No entanto, sua mãe identificou que esse seria um desafio, já que o garoto era tímido e pouco se relacionava com as pessoas. Ela então orou para que se fosse vontade de Deus, Ele o capacitasse para isso.  
 
Nascido em Pretória, na África do Sul, hoje o então garoto já contabiliza mais de 30 anos de ministério pastoral e coleciona diversas histórias sobre como Deus prepara pessoas dispostas a servi-lo. Atualmente, Kumalo é o diretor mundial dos jovens adventistas. Nesta entrevista, concedida durante o intervalo de um de seus compromissos na Convenção Jovem Maranata, ele destaca a importância do trabalho pelo próximo, da confiança em Deus e do compromisso que deve existir em fazer novos discípulos, temas sobre os quais também compartilhou com os 20 mil participantes do encontro. 

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Realizada em Brasília, a Convenção reuniu jovens adventistas de oito países sul-americanos para um encontro marcado pelo serviço à comunidade, estudo da Bíblia e preparo para impulsionar o trabalho evangelístico em seus templos locais. Além disso, apresentou um plano específico de discipulado, o Maranata Plan. Todos os detalhes estão em maranataja.com 

Qual sua impressão a respeito dos jovens reunidos aqui? 

Primeiro de tudo, gostaria de agradecer aos organizadores, pastor Carlos Campitelli e toda a equipe da Divisão [Sul-Americana da Igreja Adventista], por ter trabalhado para realizar um evento tão grande para os jovens e para os líderes dos jovens. Estou feliz porque a Divisão está priorizando os jovens. Eles vieram em peso para o evento. Isso mostra a paixão que eles têm pela missão, mostra a paixão que eles têm por Jesus. De modo geral, estou impressionado com os líderes e com os jovens. E, claro, o lugar é maravilhoso, a organização é profissional. Portanto, estou realmente impressionado. 

Há dois anos, o Ministério Jovem na América do Sul deu início a um grande sonho chamado Maranata. Um dos principais objetivos era inspirar os participantes para que façam ou continuem a fazer discípulos. Qual a importância disso para a missão da Igreja? 

 
Há duas coisas importantes no cristianismo: a primeira é ter um relacionamento pessoal com Jesus; a segunda, que é igualmente importante, é ser discípulo de Jesus. Quando você é apenas um membro da igreja, e não é um discípulo, você é como um carrinho de mão, que só se moverá para onde for empurrado. O Maranata está promovendo o discipulado, e não queremos que nossos jovens sejam como carrinhos de mão. Que alguém lhes diga: “Vão e preguem o evangelho”. Que alguém lhes diga: “Vão e façam missão”. Não, como discípulo, ninguém diz isso para você. O amor que você tem por Jesus e pela Igreja de Deus vão impulsionar você, vão inspirar você a servir ao Senhor. A declaração de missão do departamento de Jovens fala sobre salvação e discipulado. 
 

Por isso, o Maranata está alinhado com o que estamos promovendo como Ministério Jovem da Igreja Adventista ao redor do mundo. Promovemos o discipulado como estilo de vida. Mesmo durante as atividades que realizamos, como acampamento para os desbravadores, os congressos jovens, as passeatas jovens e muitas outras iniciativas, estamos dizendo que tudo o que fizermos deve refletir o aspecto de discipulado. Nós não fazemos ordem unida, acampamentos, passeatas e não vamos à igreja simplesmente por ir. É inútil se estivermos fazendo só por fazer. Fazemos isso por uma razão: atrair pessoas para Jesus e fazer discípulos.  

E como essa paixão pode abrir corações para ouvir sobre o retorno de Jesus? 

Jesus disse: “Quando amarmos uns aos outros, o mundo saberá que nós pertencemos a Ele”. Cada um de nós, cada jovem da Divisão Sul-Americana [território compreendido por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai], da América do Norte ou da África do Sul, de onde eu venho, ou de qualquer parte do mundo, se você se denomina cristão, se você se denomina adventista do sétimo dia, você precisa trazer pessoas para Jesus amando-as.  

Por isso, cada um de nós tem um papel a desempenhar na missão da Igreja. Jovens e mais experientes, todos nós, sem exceção, com nosso estilo de vida e com o que dizemos, temos que compartilhar a Palavra de Deus com o mundo. Temos esse papel a desempenhar, e ninguém pode dizer: “Eu não tenho os dons”, “Eu não tenho o talento de pregar”, “Eu não tenho o talento de cantar”. Todos nós temos algo que podemos fazer para compartilhar o evangelho.  

O que a América do Sul pode aprender com a juventude adventista ao redor do mundo? 

Deus nos criou para sermos diferentes. Somos um movimento global, somos uma Igreja mundial. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem cerca de 22 milhões de membros ao redor do mundo, em países diferentes. Este mundo tem mais de 7 bilhões de pessoas, e sabia que você não encontrará duas pessoas iguais? Mesmo os gêmeos não são iguais. Isso significa que aprendemos uns com os outros. A América do Sul pode aprender com o resto do mundo; o resto do mundo já aprendeu muito com a América do Sul.  

Em 2012, eu vim para a América do Sul para aprender algo sobre o Ministério Jovem. Eu era diretor de Jovens da Divisão [um território administrativo formado por vários países] do meu país, a África do Sul, e aprendi sobre o Ministério Jovem e levei isso para lá. É assim que aprendemos. Como diretores de jovens ao redor do mundo, temos reuniões a cada trimestre. Nós compartilhamos uns com os outros o que funciona em nossa Divisão, o que não funciona em nossa Divisão. É assim que crescemos. É assim que nos conectamos. Então, a América do Sul pode aprender com os outros dessa maneira, e eu vi o Ministério Jovem crescendo ao redor do mundo simplesmente por causa disso: conectando, compartilhando ideias, fazendo perguntas, respondendo perguntas, fazendo observações que existem para aprimorar o trabalho do Senhor. Então, sim, nós podemos aprender uns com os outros. Nós aprendemos com a Divisão Sul-Americana, e eu sei que a Divisão Sul-Americana está aprendendo com outras partes do mundo. 

Como eles podem ver a mão de Deus dirigindo suas histórias e permitir ser usada por Ele? 

Posso ser egoísta e dizer que espero que meu testemunho inspire pelo menos um jovem na América do Sul? Para ver que, se Deus pôde fazer isso com Busi Khumalo, pode fazer com eles. Talvez você não acredite, mas eu era muito tímido quando mais novo. Eu era calado, muito tímido, evitava as pessoas. Na verdade, minha mãe ficou preocupada comigo quando ouviu que eu queria ser um pastor. Um dia ela se sentou comigo e disse: “Busi, você diz que quer ser pastor, mas você é calado. Você é muito tímido, você tem medo das pessoas. Como você vai ser pastor?” Minha mãe orou da seguinte maneira: “Deus, se o Senhor quer que esse garoto seja um pastor, capacite-o!” E sabe o que aconteceu? Deus é fiel. Ele fez exatamente isso. E eu estou dizendo para os nossos jovens que o mesmo Deus que capacitou aquele jovem garoto tímido, acanhado e com baixa autoestima pode fazer o mesmo para os nossos jovens. Porque Ele nunca muda. Ele é o mesmo. Ele não me ama mais que os jovens. Ele nos ama com o mesmo amor e, se pôde fazer isso por mim, Ele certamente fará por qualquer pessoa que disser: “Senhor, estou disposto”. É apenas a disposição. Só precisamos levantar nossas mãos. Embora não saibamos por que, apenas precisamos erguer nossas mãos e dizer: “Senhor, estou disposto”. Há uma música do Heritage Singers que diz: “Estou disposto, Senhor. Para fazer exatamente o que o Senhor quer que eu faça”. 

Muitas pessoas que me conheciam quando eu era um garoto me olham hoje e dizem: “Esse é o Busi?” Esse é o milagre de Deus, e Deus pode fazer o mesmo com qualquer pessoa, qualquer jovem dessa Divisão que levanta sua mão e diz: “Eu vou”. 

Assista a um dos sermões do pastor Busi Khumalo apresentado durante a Convenção Jovem Maranata:


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“Mudou minha forma de liderar”, diz maranhense que esteve no Maranata
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O evento serviu como uma mola propulsora para o desenvolvimento de novos projetos do Ministério Jovem nas igrejas locais (Foto: Jhon Sousa )

“Vi ali um ministério vivo, vibrante e comprometido, e é esse espírito que desejo compartilhar com cada jovem de minha igreja, e todos quantos eu tiver contato”, essas foram as palavras de Wellinton Lopes, diretor do Ministério Jovem Guardiões do Reino, de Imperatriz, Maranhão, sobre as mudanças que passou a adotar no próprio estilo de liderança.

Lopes foi um dos 20 mil participantes da Convenção de Jovens Maranata, evento ocorrido entre os dias 29 de maio e 1ª de junho em Brasília, no Estádio Mané Garrincha, cujo objetivo foi inspirar motivar e capacitar os líderes de jovens, ajudando-os a crescer integralmente.

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Os participantes experimentaram uma imersão em aspectos fundamentais para a saúde espiritual e um despertamento do senso de missão (Foto: NUCOM - AMA)

O Maranata foi uma experiência que possibilitou uma imersão num ambiente multicultural. Adventistas de oito países sul-americanos fizeram longas viagens de ônibus e de avião para desfrutarem do evento que despertou o senso de missão e reforçou a esperança na volta de Jesus.

Foram 38 horas de programação presencial, 8 horas de podcast ao vivo, mais de 12 horas de transmissão ao vivo da programação na arena durante os três dias. O público externo pode acompanhar online pelos canais oficiais Adventistas Brasil e IASD Sudamérica.

Jovens maranhenses aceitam o desafio de viver pela missão de salvar

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Maranata Class promete criar um ambiente mais acolhedor e cheio de interação em os membros da Escola Sabatina (Foto: Jhon Sousa )

A Convenção Jovem Maranata contou com a participação de 730 maranhenses, entre eles Edna Baima, diretora de jovens numa das congregações adventistas no município de São José de Ribamar, a 32 quilômetros de São Luís, Maranhão.

Uma das mudanças que a líder já está pondo em prática é a reformulação da classe da Escola Sabatina, que agora se chama Maranata Class: “Me fez entender que somos nós quem vamos terminar a Obra do Evangelho. Isso me motiva a dar mais atenção ao Ministério Jovem, motivando o estudo da Lição da Escola Sabatina, fazendo a recepção com lanche, com um sorriso; estou com muita vontade de colocar novas coisas em prática", afirmou.

Mudanças positivas que também já estão sendo implementadas na igreja frequentada por Nicole Sampaio, localizada na capital São Luís. Ela faz parte dos mais de 700 Líderes JA investidos na Convenção de Jovens Maranata.

"A gente precisava desse momento. Tivemos uma reafirmação da nossa identidade como jovem adventista, experimentamos um sentimento de pertencimento. Compartilhamos ali das mesmas dores e alegrias. Voltei muito animada e já estamos trabalhando o Maranata Class na igreja", disse.

Lançado o plano de discipulado jovem

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A partir de agora a estruturação das atividades do Ministério Jovem tem o foco em quatro aspectos de forma mais intencional (Foto: Heron Santana)

Essas mudanças na forma de liderar fazem parte de uma reestruturação que foi apresentada durante a convenção Maranata. O plano de discipulado jovem, organizado em torno do acrônimo MRNT, representa Missão, Relacionamento, Nutrição e Templo, uma visão que aborda aspectos de desenvolvimento pessoal e coletivo da juventude adventista.

O pastor Sosthenes Andrade, líder de Jovens para os estados do Pará, Amapá e Maranhão (UNB), explica que o discipulado passa a ser mais intencional: “O que antes era feito por tradição agora deve ser realizado com propósito e entendimento. É fundamental que os jovens compreendam o porquê de cada ação," afirmou.

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O pastor Campitelli reforça que essa revolução começa em cada igreja local (Foto: Ellen Lopes)

Já o líder de Jovens para a América do Sul, pastor Carlos Campitelli, explica o que se espera após um evento como esse, que é um movimento de reavivamento, especialmente em cada igreja local: "Nós esperamos que a liderança jovem tenha essa perspectiva de abraçar, acolher, mas ao mesmo tempo guiar, direcionar, orientar, inspirar. Líderes que possam inspirar essa geração e sejam referências reais para essa juventude que carece de referências no mundo em que vivemos", finaliza.  

Confira a geleria de fotos
Um plano de discipulado para formar novos discipuladores 
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Jovens de diversos países conheceram as bases para colocar impulsionar plano discipulador e apoiar o desenvolvimento de outras pessoas (Foto: Damáris Gonçalves)

Dois anos separam o início do um planejamento e a realização de um sonho. A Convenção Jovem Maranata nasceu a partir do desejo de impulsionar a influência da juventude adventista em suas comunidades locais e fortalecer a visão de discipulado para que continuem a preparar pessoas para volta de Jesus. 

Embora tenha começado com um evento, realizado de 29 de maio a 1° de junho deste ano em Brasília, o Maranata é um plano de longo prazo que busca preparar pessoas, estabelecer diálogos e gerar cooperação entre diferentes gerações para que, juntas, outros conheçam a Cristo. Para isso, quatro eixos extraídos das consoantes da palavra Maranata nortearão esse trabalho. São elas MRNT, que se expandem para Missão, Relacionamento, Nutrição e Templo.   

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Nesta entrevista à Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN), o pastor Carlos Campitelli, diretor dos jovens adventistas para oito países da América do Sul e organizador geral do encontro, detalha o papel desses homens e mulheres no processo de fazer discípulos e inspirar outros jovens. 

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Para Campitelli, o jovem adventista tem papel fundamental como protagonista no cumprimento da missão da Igreja (Foto: Ellen Lopes)

Por que preparar uma convenção jovem para 20 mil pessoas? Que impacto se espera que ela tenha na vida de quem esteve nesse encontro histórico?  

Ao ter mais de 750 mil jovens adventistas em toda a América do Sul, tivemos uma representatividade dessa juventude. O objetivo era que fossem inspirados e integrados no cumprimento da missão da Igreja para que possam entender seu propósito e assim multiplicar ações, visão missionária e esse plano de discipulado na igreja local. E, também, provocar a reflexão, o pensamento e a ação para os tempos tão complexos em que estamos vivendo.  

O Maranata não é um evento, mas um plano de discipulado para os próximos anos. O que se espera alcançar com ele?  

O Maranata é uma celebração daquilo que Deus já tem feito ao longo dos anos com essa juventude bonita que nós temos na América do Sul, e ao mesmo tempo uma oportunidade para construir as bases para um plano de discipulado jovem consistente, em continuidade ao que já está sendo feito, mas com uma outra forma ou uma outra perspectiva, com um modelo que possa auxiliar as igrejas locais a poder vivenciar o discipulado de maneira real, de maneira concreta, e que auxilie também a liderança como um todo.  

Isso inclui auxiliar não apenas os jovens, mas pastores e o acionato quanto ao papel que nós temos como igreja no cuidado e no compromisso da missão no que diz respeito aos jovens. Ou seja, multiplicar esse plano é mais que um simples slogan ou um pequeno folder: está relacionado a uma visão voltada para o cumprimento da missão, com o jovem como protagonista da mesma. 

Como as lideranças locais podem impulsionar tanto a participação quanto a relevância estratégica que esses jovens têm para a missão da Igreja?  

Em primeiro lugar, sempre temos que lembrar que algum dia fomos jovens e alguém teve paciência conosco, e que alguém abraçou a gente quando estávamos mal; nos deu um conselho num momento mais difícil. Nós esperamos que a liderança jovem tenha essa perspectiva de abraçar, acolher, mas ao mesmo tempo guiar, direcionar, orientar, inspirar. Líderes que possam inspirar essa geração e sejam referências reais para essa juventude que carece de referências no mundo em que vivemos.  

Ao termos uma igreja acolhedora, com um foco claro na participação ativa dos jovens, não simplesmente num pequeno projeto, mas no desenvolvimento de uma liderança em conjunto, entendemos que será uma igreja muito mais saudável, que poderá crescer com mais força, com mais insistência. Dessa maneira, o jovem entenderá que tem um espaço ativo nesse lugar. Com isso poderá se sentir parte desse desenvolvimento, desse projeto, dessa missão, dessa visão na igreja local, e assim permanecer e liderar, ao fim, a Igreja que será aquela que verá Jesus voltar.  

E depois de dois anos de preparo, o que representa a realização de um sonho que começou lá atrás?  

Eu não tenho filhos, mas imagino que quando você tem um filho, especialmente pela primeira vez, você agradece a Deus pelo privilégio de passar por diferentes etapas desse sonho e, ao mesmo tempo, por ver a confirmação daquilo que foi plantado no coração não só de uma pessoa, mas na mente e no coração de muitos líderes que amam os jovens e querem o seu melhor.  

Há um senso de gratidão, de realização do compromisso solene que nós temos com a Igreja, com Deus e com a juventude que Ele colocou nas nossas mãos. Agora redobramos esse compromisso e continuamos firmes, entendendo que esses jovens têm um propósito e juntos poderemos continuar avançando. Há uma grande alegria, mas também fica o desafio pessoal e coletivo de continuar focando no que Deus nos confiou neste mundo, que é fazer discípulos, anunciar a volta de Jesus e vermos Ele voltar nos nossos dias. 

Você falou sobre fazer discípulos, e é isso que o Maranata também busca. Como esses jovens podem continuar a ser influência em sua comunidade, fazendo discípulos no dia a dia?  
 
Quando o jovem tem uma intimidade clara com Cristo, entende seu propósito. Isso dá identidade, mas essa identidade é reforçada através da missão. E a missão, que é um caminho de mão dupla, é uma base para a pessoa entender de onde vem e para onde vai. Uma vez que ele é consciente disso, sai pelos poros querer falar para outras pessoas e dizer: “Olha, eu vivo isso.” Até mesmo sem palavras, ele será uma influência poderosa na sua faculdade, na sua universidade, no seu trabalho. 

Mas é preciso realmente viver esse caminho que o jovem um dia aceitou e mostrar, de fato, que ter Jesus é tudo, ter Jesus e viver com ele é um processo natural de crescimento para se tornar uma nova criatura. E isso vai transparecer de tal forma que ele poderá fazer discípulos para que outros enxerguem a pessoa maior, que é Jesus.  

Entenda mais sobre o Maranata Plan no vídeo abaixo:


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Mais de 700 adventistas foram investidos como líderes jovens no Maranata
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Pastor Stanley Arco, presidente da Igreja Adventista para oito países da América do Sul, fala a centenas de jovens antes de suas investiduras (Foto: Thiago Fernandes)

Em uma cerimônia que emocionou milhares de pessoas nas arquibancadas da Arena BRB Mané Garrincha na noite de 31 de maio, 786 pessoas de várias partes da América do Sul deram um passo na história de dedicação e serviço: foram investidas como líderes de jovens.

Depois de cumprir com uma série de requisitos que demonstram seu compromisso com Deus, com a Bíblia e, principalmente, com o cuidado com os outros, muitos deles ficaram visivelmente emocionados enquanto as lágrimas escorriam pelo rosto. Para eles, não foi somente a realização de um sonho, mas o reconhecimento de sua dedicação.

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Aspirantes a líder jovem no momento da oração antes da investidura na Convenção Maranata (Foto: Liseht Santos)

Essa etapa, no entanto, é considerada apenas o início de uma jornada, pois eles enfrentam o desafio de continuar servindo à comunidade e, ao mesmo tempo, preparar outros jovens para fazer o mesmo. A celebração também estabeleceu um novo recorde: a maior investidura desse tipo nos mais de 100 anos de existência da denominação na América do Sul.

Alguns desses homens e mulheres contaram à Agência Adventista Sul-Americana de Notícias (ASN) o que a cerimônia significou para eles. Isacc Márquez, de 27 anos, membro da Igreja Adventista na Bolívia, relata: “Em minha igreja, os líderes JA (Jovens Adventistas) cuidavam muito bem dos jovens, e entre eles eu; em gratidão a eles, decidi ser um líder JA, para também cuidar das novas gerações; e com minha esposa vemos como os jovens enfrentam tantos desafios. Eles são o principal grupo que devemos manter, para guiá-los à missão, a um relacionamento mais próximo com Deus e a ter uma identidade clara. Eles serão aqueles que terminarão a pregação do evangelho”, detalha.

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Isacc Márquez com a bandeira de seu país (Foto: Liseht Santos)

Os jovens adventistas têm amor pela missão; entre eles Zezito Júnior, de 38 anos, da União Norte Brasileira (UNB), território administrativo responsável pelas atividades da Igreja no Amapá, Pará e Maranhão. Em seu conversa, ele diz: “O ideal de salvação e serviço foi o que me motivou a me preparar para ser um líder JA. Os novos líderes JA devem saber que a investidura é apenas o começo do trabalho; trabalhem com firmeza, muita fé e força, porque os jovens são muito tentados a se desviar dos bons princípios. Precisamos de mais líderes jovens motivados a ser uma influência positiva na vida dos jovens de hoje, e a ensinar que existe um caminho que leva à salvação”, diz ele.

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Zezito Júnior, com sua Bíblia, a base de sua fé (Foto: Liseht Santos)

A Igreja prepara os jovens para a liderança

Nos programas e campanhas da Igreja Adventista do Sétimo Dia, todos os dons e talentos são necessários. “Meu esposo e eu fomos investidos no Maranata. Estamos envolvidos na igreja; à medida que trabalhamos nas atividades, avançamos no cumprimento dos requisitos para sermos líderes JA. Precisamos nos envolver para trazer outros jovens para a igreja e, acima de tudo, para que Cristo volte logo”, assegura Valeria Aguilar, de 36 anos, da Argentina.

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Valeria Aguilar se dedica ao cuidado e desenvolvimento das novas gerações (Foto: Liseht Santos)

Uma das ênfases da Igreja Adventista para os oito países da América do Sul é justamente a atenção e o cuidado com as novas gerações, para que sejam atendidas, compreendidas e incentivadas a se envolver na missão de anunciar a breve volta de Jesus. Esse processo também requer o apoio de líderes, incluindo oportunidades para que crianças, adolescentes e jovens se desenvolvam e deem continuidade ao legado iniciado por outros.

Veja a investidura e todos os detalhes da cerimônia no vídeo a seguir:


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Jovens compartilham suas aspirações em relação à Igreja
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Milhares de jovens participaram da Convenção Jovem Maranata, que apresentou caminhos para o fortalecimento do papel da juventude em suas localidades (Foto: Ellen Lopes)

O desafio de manter as novas gerações na Igreja é uma questão central para qualquer denominação. Não há fracasso maior do que falhar em discipular as novas gerações, pois, como disse Barry Gane, escritor que atuou como líder de jovens por mais de três décadas, toda igreja está a apenas uma geração de sua extinção (O Caminho de Volta, CPB, 2013).

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Buscar entender os diversos contextos nos quais os jovens estão inseridos é uma tarefa complexa, mas essencial. Em um ambiente tão multicultural quanto a América do Sul, existem diferentes desafios, expectativas e sonhos. Clique aqui para ver a análise feita pela Revista Adventista e as aspirações manifestadas por jovens de diferentes países sul-americanos que participaram da Convenção Maranata.


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Influência de jovens altera rota de vida de moradores do Amazonas
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Pastor Carlos Campitelli abraça Valter Baía segundos após seu batismo na Convenção Maranata (Foto: Ellen Lopes).

Ajudar a salvar pessoas é um dos propósitos de vida de Silvana Reis. Uma forma de fazer isso é por meio das campanhas de doação de sangue que ela coordena em um hemocentro de Manaus, no Amazonas, onde mora. Certo dia, ela descobriu que um grupo da Igreja Adventista faria doação de sangue na mesma data que ela agendaria sua campanha. Assim, entrou em contato com os responsáveis para obter mais informações e oferecer apoio para que a campanha fosse feita em conjunto. Desta forma, Silvana conheceu o projeto Vida por Vidas.

No dia marcado, a doação dos dois grupos ocorreu em um templo adventista. Silvana gostou da parceria e continuou coordenando campanhas com os jovens da denominação. Depois de algum tempo, começou a frequentar a Igreja Adventista, recebeu estudos bíblicos e foi batizada, em 2020.

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Silvana passou a coordenar as campanhas do projeto Vida por Vidas na região central do Amazonas. Reuniões e atividades aconteciam na casa dela e o marido Valter Baía passou a conviver com os jovens adventistas. Até então, ele havia recusado os convites para ir à igreja, mas passou a se interessar pela mensagem adventista devido à influência do grupo jovem. Mais tarde, aceitou estudar a Bíblia e também decidiu ser batizado.

Seu batismo foi testemunhado pessoalmente por cerca de 20 mil pessoas na noite de abertura da Convenção Jovem Maranata, no dia 29 de maio, na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília. “O batismo foi a minha maior e melhor decisão. Está sendo um marco, um divisor de águas em minha vida. Sinto-me uma nova pessoa. A cada cumprimento e abraço que recebo, me emociono. Já deixei escapar algumas lágrimas, mas são lágrimas de felicidade”, garante Baía.

A esposa orou por quase seis anos pela entrega dele. “Demorou, mas em nenhum momento perdi minha fé, pois sei que tudo acontece no tempo de Deus, e não no meu. Ele me honrou, e o batismo fortaleceu mais a minha fé. Sou feliz e agradecida demais ao Deus que sirvo”, sublinha Silvana Reis, emocionada.

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O batismo representa uma manifestação pública do desejo de seguir a Cristo (Foto: Ellen Lopes).
Da quadra de vôlei ao tanque batismal

Denilson Barbosa compartilha uma experiência semelhante à de Baía. Ele também foi batizado na Arena BRB Mané Garrincha, mas no encerramento da Convenção Jovem Maranata, no dia 1º de junho. Sua decisão ocorreu após conhecer a Igreja Adventista por influência dos amigos com quem joga vôlei.

Ele também mora no Amazonas, na cidade de Rio Preto da Eva. Foi lá que os membros de um templo adventista decidiram criar um projeto para alcançar novos jovens. No entanto, duas facções que controlam o bairro onde está localizada a igreja não permitiram que o trabalho fosse realizado. Então, no lugar do projeto, os membros criaram um grupo para jogar vôlei em um terreno ao lado do templo, e assim conseguiram fazer contato com os jovens da comunidade.

Os jogos semanais atraíram muitas pessoas, entre elas, Barbosa, cunhado de Leandro Souza, que organiza as partidas de vôlei. Após criar laços de amizade com os jovens adventistas, ele foi convidado para acompanhar a programação da Semana Santa deste ano e, ao final dela, começou a estudar a Bíblia.

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Denilson foi batizado pelo presidente da Igreja Adventista para oito países sul-americanos, pastor Stanley Arco (Foto: Ellen Lopes).
Vida transformada

Depois de oito anos de luta contra o vício do álcool e uma vida influenciada por pessoas ruins, como conta, ele se sentiu diferente após conhecer a Deus.

De acordo com seu cunhado, hoje ele demonstra ser outra pessoa. “Com certeza posso dizer que ele é uma pessoa transformada, para a honra e glória de Deus. Fiquei muito feliz pela decisão dele e pela oportunidade dela ser concretizada no Maranata. Agradeço a Deus e a esse ministério lindo que os jovens adventistas desenvolvem para buscar pessoas para o Reino de Deus”, afirma Souza.

Para Denilson, tudo o que aconteceu em sua vida, tem um propósito divino. Agora batizado, ele quer alcançar outros jovens para que tenham a mesma oportunidade de transformação que ele vivenciou. “Estou muito feliz por ter sido batizado em um evento tão grande como essa Convenção Jovem. Sinto que Deus me chamou para uma missão, e por isso quero levar a palavra dEle para pessoas acham que não tem mais salvação”, finaliza.


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“Participar do Maranata é uma renovação da minha esperança”, declara jovem que passou pelas enchentes no RS
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A professora Carolina Calegaro viajou até Brasília para aprender e continuar contribuindo com sua comunidade (Foto: Priscila Baracho).

A cidade de Alvorada faz parte da região metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul, e foi uma das cidades afetadas pelas enchentes que começaram no final de abril. Carolina Calegaro vive no município, é professora de Ciências e Biologia e uma das líderes do Ministério Jovem em sua igreja local. Há cerca de um ano, ela e mais quatro amigas se planejaram e fizeram as inscrições para participar da Convenção Jovem Maranata

Na última semana de abril, a jovem viu esse sonho tornar-se distante. Com as chuvas e, consequentemente, as enchentes, o aeroporto de Porto Alegre, de onde viajariam para Brasília, se tornou inviável para pousos e decolagens. “Estava tudo certo, passagens compradas e todos os planos começaram a ser frustrados", contou. 

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A casa onde moram a mãe e a irmã de Carolina ficou inundada. Todos os móveis dos quartos, da cozinha e da sala foram perdidos. A família conseguiu tirar poucas coisas com a ajuda de barcos e de uma retroescavadeira. “Nunca tinha acontecido desse jeito. A água ficou na altura do tórax”, explicou.

Mudança de planos

Diante da situação, Carolina pensou se realmente iria para a Convenção Jovem. A realidade de que sua família havia perdido tudo a deixou pensativa se deveria viajar, além do tratamento de quimioterapia que a mãe realiza. Ela se reuniu com as amigas para discutirem sobre como seria o deslocamento, já que o aeroporto Salgado Filho estava inundado e muitas estradas tinham deslizamentos. 

Com o incentivo da família, que hoje está provisoriamente morando em uma casa alugada em Porto Alegre, o grupo conseguiu se organizar para se ir até Brasília. Os jovens do estado foram apoiados pela liderança da Igreja Adventista na localidade. “Ao mesmo tempo em que eu estava triste e pessimista, eu via que Deus estava abrindo as portas, então eu entendo que Ele realmente tem algo para falar pra nós aqui”, expressou a professora. 

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Carolina e outros jovem do Rio Grande do Sul na Arena BRB Mané Garrincha (Foto: Priscila Baracho).

Em Alvorada, a base de jovens que Carolina coordena está se organizando um mutirão com voluntários para limpar as casas de pessoas afetadas pelas enchentes. Os jovens também visitaram um abrigo na cidade para cantar e fazer brincadeiras. “A Carolina é uma dessas pessoas que tem feito a diferença na nossa região, e em grande parte do nosso estado. Isso acaba refletindo positivamente na vida de outras pessoas”, expressou o pastor Adilson Barros, que cuida do templo adventista no bairro Vila Americana. 

Esperança

Para ela, o sentimento de ser muito amada por Deus é visível em cada detalhe. “Participar do Maranata é como um respiro, pois eu estava muito triste e esse encontro está me trazendo alegria, uma renovação da minha esperança”, comentou.

Líder dos jovens adventistas para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o pastor Elmar Borges destacou a importância do apoio mútuo e do voluntariado nos momentos difíceis que o Rio Grande do Sul está passando. “Todos eles se mobilizaram para poder ajudar um ao outro. Tinha muita gente que estava com a casa completamente destruída, mas estava ajudando os outros também”, pontuou Borges. Um total de 300 jovens gaúchos veio participar da Convenção Jovem. 

Mercado Solidário

Durante os dias de evento, no estande da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA), os participantes fizeram doações que foram revertidas em alimentos, itens de higiene e limpeza através do Mercado Solidário. Um totem disponível no local permitiu a escolha do produto ou kit completo para que a ADRA continue atuando no apoio às vítimas das enchentes no estado. 

No total, a agência humanitária adventista arrecadou 900 kits durante o encontro. Você também pode contribuir através do PIX: [email protected].

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Participantes escolhem opções que serão revertidas em itens para as vítimas das enchentes no RS. (Foto: Gustavo Leighton).

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Doação de sangue fortalece senso de missão de jovens adventistas
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Doadores em frente ao Hemocentro de Brasília, na capital federal (Foto: Thiago Fernandes)

Amanda Santos Barbosa é técnica em enfermagem e mora em Maraú, na Bahia. Ela veio participar da Convenção Jovem Maranata e quando soube que uma das ações estaria ligada ao projeto Vida por Vidas, decidiu fazer sua primeira doação de sangue. 

Já o professor Rosan Dias de Aguiar mora em um vilarejo com quatro mil habitantes no sul do mesmo estado. No templo adventista que frequenta, os jovens estão envolvidos em ações sociais que incluem o Vida por Vidas. Para doar, eles precisam ir até até a cidade mais próxima, Eunápolis, cerca de três horas de viagem. Mas a distância não é impedimento. “Saber que você ajudou, que alguém teve uma vida melhor ou transformada pelo sangue que você doou é muito gratificante”, expressou.

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Assim como a Amanda e o Rosan, dezenas de participantes da convenção jovem estiveram no Hemocentro de Brasília contribuindo com a disponibilidade de bolsas nos estoques. Somente no Distrito Federal, a unidade de captação atende 19 hospitais. 

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Uma única bolsa de sangue beneficia até quatro pessoas (Foto: Thiago Fernandes).

Kelly Barbi é gerente da área de captação do Hemocentro de Brasília e agradeceu pela parceria de longo tempo que a Igreja Adventista do Sétimo Dia mantem através do Projeto Vida por Vidas. “Vocês têm uma aptidão muito boa, um estilo de vida saudável e isso facilita pra nós, porque a maioria das pessoas que vem conseguimos converter positivamente pra doação efetiva”, destacou.

Vida por Vidas

Em 2005, no estado do Rio Grande do Sul, a partir de uma iniciativa voluntária promovida pelos jovens adventistas, começava o projeto Vida por Vidas, com a proposta de contribuir com os hemocentros através do incentivo à doação de sangue.

No ano de 2006, durante as comemorações do Dia Mundial do Doador Voluntário, em Washington, nos Estados Unidos, a iniciativa foi hemenageada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "Campanha de destaque da Organização Pan-Americana da Saúde". Neste mesmo ano, o projeto passou a fazer parte do calendário de atividades oficiais da Igreja Adventista nos oito países da Divisão Sul-Americana (DSA), um dos territórios atendidos pela denominação.

Conheça mais detalhes neste episódio do Maranata Cast:

Nos últimos 10 anos, a campanha já contribuiu com mais de 1 milhão e 200 mil bolsas de sangue doadas em oito países da América do Sul. 

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Jovens também aproveitaram ação para promover o projeto e um estilo de vida de cuidado e atenção ao próximo (Foto: Priscila Baracho)

Como ser um(a) doador(a) de sangue? Veja os detalhes no infográfico abaixo:

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Guia norteará liderança jovem nos próximos cinco anos
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Guia destaca a importância do envolvimento das novas gerações para o cumprimento da missão. (Foto: Thiago Fernandes).

Idealizado para direcionar os trabalhos com a nova geração no contexto da missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o guia Maranata é centrado no lema da própria palavra: “o Senhor logo vem!”. Este termo, amplamente utilizado pelos adventistas, reflete a principal esperança dos fiéis desde o início da Igreja, unindo os membros ao longo dos anos.

O guia foi escrito pelo líder de jovens na América do Sul, pastor Carlos Campitelli; o diretor de bem-estar estudantil da Faculdade Adventista da Amazônia (Faama), pastor Herbert Cleber; o presidente da Igreja Adventista no estado de Sergipe, pastor Diego Barros, e o líder de jovens adventistas no estado de São Paulo, pastor Cândido Gomes.

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Os quatro autores estão diretamente envolvidos com a área jovem da Igreja Adventista na América do Sul. O material aborda assuntos relevantes e atuais, destacando a importância do envolvimento das novas gerações para o cumprimento da missão.

Durante a Convenção Jovem Maranata, cada participante recebeu um exemplar da primeira edição do guia. O material servirá como norteador para o trabalho dos líderes nos próximos cinco anos, de 2025 a 2030.

Perspectivas

A literatura aborda a realidade dos jovens da nova geração, inseridos em um contexto cada vez mais conectado e digital. Isso influencia suas perspectivas, visão de mundo, relação com a Igreja e formas de comunicação.

O guia também destaca como os jovens valorizam autenticidade, transparência e experiência pessoal em sua jornada de fé. Pesquisas indicam que eles também têm interesse em questões sociais e ambientais e buscam uma fé que aborde essas temáticas de maneira prática e relevante.

Em 20211, o Instituto Barna entrevistou mais de 1,2 mil adolescentes de 13 a 18 anos, da Geração Z, de todos os continentes, tanto cristãos quanto não cristãos, para avaliar seu envolvimento com o evangelismo. A pesquisa revelou que, para a Geração Z, viver o evangelho e demonstrá-lo por meio de ações é mais importante do que usar palavras.

"A nova geração pode encontrar caminhos que as gerações anteriores talvez não tenha imaginado que eram possíveis usar e mostrar através de ações práticas o poder transformador do evangelho", pontuou o pastor Herbert Cleber.

Pilares

Missão, Relacionamento, Nutrição e Templo são os quatro pilares do guia. O foco é desafiar o jovem a se comprometer pessoalmente com a missão, encorajá-lo a cultivar amizades e relações de confiança, aprofundar a compreensão da Bíblia para crescimento espiritual e fomentar sua participação na adoração coletiva na igreja.

O material ainda apresenta o Maranata Talk, uma série de perguntas para discussões em grupos de jovens, incentivando-os a pensar em novos formatos para o avanço da missão e a como se envolverem de forma prática.

"A missão é transformadora principalmente para quem participa, e isso se torna prático com os projetos e as ações que pautam nosso calendário", enfatizou o pastor Cândido Gomes.

Assista mais sobre o assunto no Maranata Cast:


Barna Group1, "Actions, Invitations, Storytelling - How Gen Z Approaches Evangelism", 27 de julho de 2021, disponível em <barna.com/research/gen-z-evangelism/>, acesso em 2 de janeiro de 2024.

'Os jovens serão aqueles que concluirão a pregação do evangelho', sublinha pastor José Venefrides
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Pastor José Venefrides iniciou seu ministério em 1990 e hoje é o diretor do Ministério Jovem para Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo (Foto: Divulgação).

Conhecido como Venê, José Raimundo Venefrides é natural de Montanha, Espírito Santo, e se tornou adventista do sétimo dia aos 10 anos de idade. Ao olhar para o futuro, queria ser alguém que vivesse exclusivamente para pregar sobre Deus. Por isso, estudou Teologia e, em 1990, iniciou sua atuação pastoral no Espírito Santo. Dois anos depois, foi chamado para ser diretor de jovens adventistas do mesmo estado. Desde então, seu ministério foi inteiramente voltado para a juventude.

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Apaixonado por essa área, Venê já foi líder de jovens adventistas em diversos lugares do Brasil. Ele exerceu essa função em algumas cidades nordestinas e sulistas, além de outras em São Paulo e no Rio de Janeiro. Atualmente, sua liderança abrange os jovens do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

Ele é autor da Meditação Jovem de 2020, que recebeu o título Inegociável. Já são 32 anos de atuação ininterrupta no Ministério Jovem Adventista, o que torna Venê o líder mais longevo nessa área, em termos de tempo de dedicação.

Nesta entrevista, ele relembra sua participação na convenção jovem realizada há 22 anos, além da atual edição do evento, que ocorre em Brasília de 28 a 1º de junho de 2024, e comenta os principais desafios atuais da juventude. Confira:

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Venê é o líder de jovens mais longevo nessa área, em termos de tempo de atuação no ministério (Foto: Arquivo pessoal).

Pastor, como foi sua experiência ao participar da Convenção Jovem que ocorreu no Chile em 2002?

Cerca de seis mil jovens participaram da Convenção Você Me Pertence. Na época, o evento foi aberto não somente para a liderança, mas para todos os jovens. O mais impactante, para mim, foi ver a quantidade de nações diferentes reunidas em adoração. Durante esse congresso, houve um desafio para que a Bíblia fosse escrita no menor tempo possível. Assim, foi estabelecido um novo recorde mundial, sendo a Bíblia toda escrita em cerca de 16 minutos. É interessante porque na convenção de 2024, Maranata, há expectativas para que a Bíblia inteira seja lida em apenas 30 segundos. Isso acontecerá porque cada jovem participante lerá dois versos bíblicos diferentes de maneira simultânea.

Quais eram os desafios do Ministério Jovem há 32 anos em comparação com os desafios atuais?

A grande diferença é a secularização. Hoje temos desafios que as gerações passadas não conheceram e nem experimentaram. No início do meu ministério, para ter uma informação, você precisava pesquisar. Hoje, temos acesso a todas as informações, mas elas são muito transitórias. Outra diferença significativa é a nova conjuntura familiar, em que os jovens partilham de múltiplas famílias (pais que se separam e casam-se de novo). Isso explica, em parte, as lutas emocionais que essa geração enfrenta.

Quais são os principais pontos de crescimento do Ministério Jovem em seus anos de experiência como diretor?

Os jovens sempre fizeram a diferença na vida da igreja, mas crescemos em envolvimento da juventude. As gerações passadas não conheceram projetos como Missão Calebe, Um Ano em Missão (OYiM) e outros movimentos fortes atualmente. Vejo a juventude hoje mais envolvida, porém, precisa desenvolver mais solidez em suas convicções e fé.

Em sua opinião, qual é a importância da Igreja Adventista promover a Convenção Jovem Maranata?

Como participante do evento, fico feliz em ver o apoio da liderança da Igreja, especialmente por se tratar de um encontro da liderança jovem. Creio que essa Convenção escreverá uma nova história no Ministério Jovem da América do Sul e do mundo. Isso mostra que a Igreja acredita em seus jovens e que eles são especiais. Se cremos como cremos, que os jovens serão aqueles que concluirão a pregação do evangelho, nada mais oportuno que eles sejam tratados como os protagonistas da missão hoje.


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Venha participar do crescimento integral dos jovens adventistas na América do Sul.

Um movimento de celebração, inspiração, motivação e capacitação para líderes de jovens, visando um processo de crescimento integral dos jovens adventistas na DSA.

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